domingo, 25 de março de 2007

The Queen


A noticia da morte de Diana em Agosto de 97 espalha-se rapidamente pelo Mundo. Incapaz de compreender a reacção emocional dos seus súbditos, Isabel II (Helen Mirren) isola-se com a família real em Balmoral. Tony Blair (Michael Sheen), recém-empossado como primeiro-ministro britânico, percebe que os líderes do país precisam tomar medidas que os reaproximem da população e tenta reatar os laços entre esta e a realeza. "A Rainha" é um olhar sobre a forma como a Família Real foi afectada e o que aconteceu nos bastidores do poder quando a tragédia bateu à porta. É um filme sobre a batalha entre o que deve ser público e o que é privado, a responsabilidade e a emoção, enquanto uma nação e o mundo se ajoelhavam a chorar a morte da Princesa do Povo, aguardando as reacções dos líderes.

Vi, há alguns dias atrás, o filme “ The Queen”, em português simples, “a Rainha”.
Helen Mirren é Isabel II, Rainha de Inglaterra, e graças á sua interpretação neste filme conseguiu o Óscar para Melhor Actriz Principal.
A interpretação de Helen Mirren é, no meu ver, fantástica. Mas é hilariante a caracterização que o realizador fez de Tony Blair, como uma criança deslumbrada a quem é dado um novo e fantástico brinquedo, neste caso o cargo de primeiro ministro britânico. Um filme que apesar de tudo mostrou a outra faceta da família real, que se mostrou indiferente com a morte daquela que foi a princesa do povo. Mas também mostrou o lado humano de Isabel, que, apercebendo-se do ódio que gerara nos seus subditos com todas as suas reacções, deu o braço a torcer e mostrou que realeza também tem sentimentos.

sábado, 24 de março de 2007

Toquei o céu....mas espantei-me a todo o comprido!

Toquei o céu…mas espantei-me a todo o comprido! Podia ser esta a frase que descreveria o meu sentimento na passada 6ª feira, após uma conversa com a moça com quem fiz o tryout. Dividi o tryout em duas partes (não sei se é assim que se faz, mas penso que se deve fazer): fomos para a pista primeiro, ver o que cada um sentia com o outro a seu lado e depois duas cadeiras e uma mesa para partilharmos a experiência, trocarmos palavras e ideias, e acima de tudo objectivos, mostrar o que queremos,colocarmos as cartas na mesa.
A primeira parte, concordámos, correu bem e até acima das expectativas para quem estava parado ia para quase dois anos. Ela surpreendeu-me pois conseguiu juntar á generosidade em pista a inteligência e a noção de estar em pista que poucas têm por muito que tentem ou por mais que treinem. Contudo o pior estava reservado para o fim. Os nossos objectivos eram claramente díspares.Competição vs Diversão. E a cereja em cima do bolo: ela tinha um preconceito que eu compreendo...também sofro do mesmo. Quando entrava em pista não conseguia evitar olhar em volta e pensar : “Somando o peso do par dará quase-QUASE-o meu peso!”. Entre outras coisas, um preconceito tolo que persiste em ligar-se á Dança de Salão voltou a fazer das suas e a afastar, na minha humilde opinião, uma excelente dançarina das pistas.Entretanto, sacudo o pó e levanto-me…com a sensação boa de por momentos ter pairado em pleno ar e esperando um dia poder pairar de novo.
Rosário, não pude deixar de ler o teu comentário no meu post sobre o tryout e não posso deixar de comentar aqui em directo com um tom, digamos, paternal, sobre o que disseste... Não,filha, não te traí...

quinta-feira, 22 de março de 2007

...e agora para algo completamente diferente...

Pelo que li na FOCUS nº 387 (14 a 20/3/07) há como que um ressuscitar de um homem que isolou um país do mundo durante décadas e manteve na ignorância milhões de portugueses.”A bem da Nação” dizia ele, fazia tudo isso. A malta fala, fala…mas no fundo ninguém conhece quem foi Oliveira Salazar. Eu, como comunista assumido que sou, afirmo que foi vilão. Como pessoa, como ser humano que sou, esquecendo os ideais que defendo e olhando a História com olhos imparciais (ou pelo menos tentando) vejo um homem que tentou fazer o melhor por Portugal (ditadura é ditadura e nunca são boas por melhores que sejam as reais intenções dos seus lideres) mas defendo que estaria rodeado pela pior corja existente, uma tradição que a nossa politica (e não só) teimam em manter, afastando o que é bom e mantendo o que não presta perto de si. Teria Salazar real conhecimento das acções da sua policia secreta? Seria realmente Salazar quem mandava na PIDE/DGS? Seriam dele mesmo as ordens que transformaram Portugal num “feudo privado” em pleno século XX? A geração que viveu debaixo da ditadura fala horrores, contudo alguns clamam por um regresso de Salazar da tumba! Não compreendo…se era assim tão mau porque raio o querem de volta?
Mas o que me faz falar aqui do “senhor das botas” é a similaridade de factos entre o anterior regime salazarista e o nosso regime, liderado por um homem que de filosofo apenas tem o sobrenome e que tem como “primeira dama” alguém com um programa sobre língua portuguesa á 6ª feira á noite… (mente doentia!).
Há discursos de Sócrates em que há claras alusões a ideais de Salazar a nível político. Por exemplo: quando o primeiro se refere a “sanear primeiro as Finanças e depois a Economia e o Social e só no fim o Politico”, é uma reprodução quase fiel dos ideais do ditador.
Uma outra similaridade se prende com as famosas “Conversas em Família” de Marcello Caetano, programa televisivo onde este explicava aos nossos pais e avós as suas politicas para que todos compreendessem. Actualmente temos no canal do Estado “As escolhas de Marcelo” e “Notas Soltas”, de duas figuras com algum peso político nos respectivos partidos que, curiosamente ou não, são os mais votados pelos portugueses, fazendo com que os outros três partidos com assento na Assembleia nem constem na tabela de programação a não ser em algum tempo de antena.
Mais uma parecença, querem? Então, cá vai! Os nossos pais e avós decerto lembram-se de, no tempo da ditadura, qualquer inauguração em que aparecesse o Presidente da República, aparecia também o reverendíssimo cardeal patriarca de Lisboa. E agora? Aquando dos 50 anos da RTP houve a inauguração das novas instalações, transmitidas em directo, e adivinhem quem era o piqueno vestido de vermelho ao lado do Cavaco?!

quarta-feira, 21 de março de 2007

O meu tryout

Tryout (ou try out): Anglicanismo usado na Dança de Salão para definir o experimentar, provar, para ver se de facto se deve ou não haver continuação a nível de par. Aplicação prática - “Ana vai fazer um tryout com Pedro ”.

De facto assim foi. Ontem fui a um tryout numa escola de Dança de Salão a convite do treinador da mesma. Ao fim de quase 2 anos de exílio ao qual me condenei por vontade própria voltei a pisar uma pista de dança para uma «experimentação» com a...com a...ai que se me foi o nome! A quem de direito que me responda a este post e me diga como ela se chamava!!!!!Voltando ao tema de abertura....A sensação de regresso a um local que me proporcionou momentos de felicidade é quase indescritível…o interior daquelas 4 linhas dão-me uma sensação única. Contudo devo já dizer que o que menos me importou ali, pela primeira vez em toda a minha vida, foi a qualidade da dança. Num tryout testa-se o potencial parceiro de dança (neste caso a potencial parceira).
Mas a minha cabeça martelava constantemente: «QUERO LÁ SABER!» (para os british: I don’t give a damn) e ali estava eu, fazendo o esquema que me foi dado para fazer com a moça (pedi ao treinador para nos montar um pequeno esquema de forma a que não houvesse sentimentos de insegurança infundados quer nela quer em mim) não prestando a mínima atenção a qualquer virtude que ela tivesse, deleitando-me apenas com o meu simples pisar da pista e o contar dos tempos…os passos estavam lá, estupidamente defeituosos mas saiam assim como eu os punha e queria (confesso, queria-os mais perfeitinhos, mas com uma paragem tão longa não se esperam milagres!). De início nem ligava ao que ela fazia, eu estava de volta...e sentia-me bem de regresso! O magano do ombro, habituado que está á boa vida, é que não gostou desta azáfama toda…e manifestou-se. Senti-me como há muito tempo não me sentia…e isso é meio caminho andado. Não sei se esta será a minha parceira, mas gostei do ritmo. Há algumas arestas que têm de ser limadas. Ela nunca competiu em toda a vida e não se sente confortável com isso...não posso obrigar ninguém a fazer o que não quer pois estaria a cometer erros que foram cometidos sobre mim por outras pessoas...

terça-feira, 20 de março de 2007

Paixão ou Obsessão?

Uma temática bastante complexa de abordar (ainda mais por um leigo) mas que é interessante por um simples ponto de vista que eu gostaria que colocar: Onde acaba uma e começa a outra?
Apenas faço a pergunta por uma questão simples: até que ponto a paixão por algo pode toldar-nos a razão ao ponto de ficarmos obcecados por isso? Exemplo prático: a Dança. Falo contra mim, pois eu gosto da Dança, de um ramo específico da Dança. Apaixonei-me por Dança de Salão. Contudo, talvez por más influências, deixei a paixão tomar conta da razão e fiquei obcecado por esta. Tinha de fazer mais, fazer melhor... era o mesmo que pedir a alguém que, com um Mini, tentasse ultrapassar um Mercedes na auto-estrada! O mais chato era que tinha sempre alguém a dizer que o Mini estava a quase a passar pelo Mercedes…
Algum tempo após a minha saída, vi o quão errado estava...o Mini estava com muito atraso em relação ao Mercedes mas estava de tal forma convicto do que lhe diziam que iria desenfreado por aí fora, completamente cego, toldado por uma "paixão" que não o era...Só após a minha saída pude ver com olhos de ver o que realmente me rodeava...
Esse alguém que eu via e que me servia de exemplo, de mestre, de guia…eu não lhe via paixão pela Dança, via-lhe obsessão quase doentia nos olhos. Uma obsessão que não é saudável e que em nada ajuda. Ou a paixão por algo torna-nos insensíveis a tudo o que nos rodeia? Torna-nos brutos e afasta quem gosta de nós? Fazem chorar de tristeza, de dor, em vez de chorar de felicidade? Foi o que aconteceu em algumas etapas da minha vida. Dei por mim a afastar-me das pessoas que me rodeavam, a magoar pessoas que gostavam de mim, entre outras coisas…
Penso poder chegar a uma conclusão e que me desculpem os aficionados e apaixonados pela Dança de Salão em geral: A paixão é saudável, a obsessão não. A saúde mental da pessoa que a pratica (ou a ensina) muda radicalmente…e o ambiente em seu redor também.

sexta-feira, 16 de março de 2007

Pandora

Muito tenho eu ouvido falar sobre esta piquena (e muito provavelmente muitos de vocês também...) mas não tinha conhecimento da real história da Caixa de Pandora (não, não é da Caixa de Aposentações e muito menos da Caixa Geral de Depósitos.)

Conta a Mitologia Grega que Zeus ordenou a criação da primeira mulher e lhe deu o bonito nome de Pandora (era para ser Cátia Vanessa mas os outros deuses não deixaram. Zeus ainda propôs Soraia Alexandra mas mandaram-no dar uma curva ao bilhar grande). A Deusa da Sabedoria, Atenas, que pelos vistos era a madrinha da cachopa, deu-lhe muitos talentos (não confundir com talentos escondidos nem com a moeda da época com o mesmo nome) e Zeus, encantado, presenteou-a com uma caixa. Caixa essa onde estavam enclausurados todos os males da Terra. A piquena cresceu, fez-se uma mulherzinha, veio para a Terra, e casou com Epitemeu, o primeiro homem (Obrigado, meu Deus por me livrares de um padrinho que me desse tal nome!).
O homem, com tanta coisa boa para fazer com a Pandora, com tanto sitio bom para meter a mão (e pelo que rezam as histórias da altura a Pandorinha era boa como o milho e não era muito tímida nessas coisas...) foi logo mexer no pior sitio...na caixa da Pandora.Podia ter mexido em todo o lado mas não...Tinha de ser na caixa! E pimba! Á conta desse malandro, todos os males se abateram sobre a Terra.

E desde então vivemos para sempre felizes neste cantinho á beira mar plantado...haja guerras, tsunamis, furacões ou derrames de crude, passa-nos tudo ao lado! Será que a Caixa de Pandora foi aberta cá por estas bandas?Sim, porque se não acontece cá nada...é porque os males têm de sair de algum lado não????Terão as suas origens em algum sítio, nisso estaremos todos de acordo! Ah...na mitologia grega, a unica coisa que fica no fundo da caixa e de lá não sai é a esperança. Ainda não estão convencidos de que este rectângulozinho á beira-mar plantado não é mais do que A caixa de Pandora?

terça-feira, 13 de março de 2007

Engenheiro?Não, obrigado!

Ontem, tive um acesso de loucura (sim, pois isto não tem cura!De quando em vez a malta tem recaidas...) e fui-me inscrever para fazer provas de acesso para o Ensino Superior. Coisinhas muito acessíveis como Física e Matemática, para uma possível entrada em Electrotecnia ou algo que o valha. Contudo, estive a ver as áreas técnicas a que me poderia candidatar e... fiquei parvo. Só três anos para formar um licenciado?Não era mais tempo? É por causa dessa coisa de Bolonha mas que nada tem a haver com a massa nem com a carne da mesma terra que sabe tão bem e que se come em restaurantes italianos?

Mas algo está errado nesta história. Eu, Acácio Jardim Martins, ENGENHEIRO?Seja lá do que seja? Eu, anti-engenheiro convicto,formar-me em engenharia de qualquer coisa?
Eu,defensor da teoria de que é preferível formar pessoas desde a base (do zero,por exemplo) e promovê-las até ao topo de uma carreira de forma a poderem ter conhecimento prático da função e exercer funções de chefia com mais precisão, melhor coordenação e conhecimento do que se passa no terreno de forma a não meter os pés pelas mãos,como os ENGENHEIROS?
Há um ditado lá onde trabalho que passa de geração para geração de trabalhadores e que sempre fez sentido: Quem sabe,sabe...Quem não sabe, é chefe!

Enfim,voltando ao assunto, há algo que eu gosto de sobremaneira mas não sei se tenho estofo para tanto... seria Gestão de Recursos Humanos. Desconheço a realidade a nível de emprego mas acho que seria uma área bastante interessante e em que eu me poderia identificar (apesar das minhas raizes não serem propriamente isentas e terem uns tons um tanto ou quanto avermelhados...mas pronto.).
Mas infelizmente, para meu grande mal, há um velho dizer popular que diz «nunca digas desta água não beberei»...

segunda-feira, 12 de março de 2007

The Ghost Rider


Ainda jovem imberbe, Johnny Blaze (Nicolas Cage), famoso pelas suas proezas em cima de uma mota, vendeu a alma ao diabo para salvar o pai de um cancro em estado terminal. Acordo é acordo…e agora, o Diabo veio buscar o que é seu.
Durante o dia, Johnny é um acrobata sem medo...mas à noite, na presença do Mal, ele torna-se num Ghost Rider, um implacável caçador de demónios fugitivos a soldo do Senhor das Trevas.
Johnny é apanhado no meio de uma guerra entre Criaturas das Trevas por causa de um “contrato” que se supõe ser maléfico o suficiente para dar poder suficiente a quem o tiver de destruir a Terra tal como a conhecemos…

Completamente fora do que é meu hábito, fui assistir a uma quase-estreia de um filme. Quase-estreia, disse, porque a estreia a sério foi na 5ª feira…mas são detalhes. Não sou grande apreciadores de premiéres (ou estreias, para quem gosta mais da palavra portuguesa) pelos mais variados motivos, desde a elevada quantidade de sub-16 existentes na sala e que nunca se cansam de fazer comentários á Gabriel Alves (melhor ainda: não fecham a abençoada matraca!) ou aqueles que, mesmo sendo sub-14, se comportam como verdadeiros adultos…num quarto de um motel, ou ainda porque muito sinceramente já me habituei desde há muito a ver um filme sem ter tanta gente a assistir.
Falando do filme em si, bem…Tem acção e gostei. Impressionou-me um bocado a cena da transformação do Nicholas Cage para algo em chamas (literalmente!) mas de resto gostei muito da interpretação da Eva Mendes.

Qualquer dia ainda me chamam de Lauro Dérmio: Vamos ver o filme, ou como se diz em amaricano,lets luc at da traila!