segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Khatchaturian,um desconhecido.

Pelo nome do piqueno, facilmente a malta se apercebe que é de Leste. Vou dar uma ajudinha: é da Arménia. E dizem voces (e com razão!), almas caridosas que ainda acreditam na minha remissão a nivel de sanidade mental, "Olha-me este armado em entendido...mas quem é este marreta que ainda por cima tem um nome esquisito?". Eu aprendi desde cedo que tudo o que é boa informação tem obrigatoriamente de ser partilhado por todos (o que é passível de partilha, claro!). Continuando...
A descoberta foi, como o tipico tuga faz, acidental. Vinha da escola e a ouvir a Antena 2, as usual pois ajuda-me a descontrair durante a condução (antes para descontrair era coisas tipo Prodigy e assim...) e ouço uma valsa que, para mim, tinha algo de diferente, nada tinha a haver com as famosas valsas austriacas, que embalam. Aquela tinha o ritmo de uma valsa vienense mas em vez de ser aquela musica melosa que todos nós conhecemos, fazia lembrar uma marcha. "Mas que raio?..." penso eu. Contudo, á porta de casa já, não abandonei o carro enquanto não acabou a musica e o apresentador do programa anunciou o nome de Aram Khatch-qualquer coisa-ian " e que foi extraida da sua obra Masquerade.
Apenas o conheço há pouco, mas a sua obra é por demais conhecida. Quem não se lembra da banda sonora de "2001 - Odisseia no Espaço", de Stanley Kubrik? Quase toda ela foi extraida da obra para bailado Gayanne. Ou ainda The Sabre Dance, peça que surge no fina de outra obra para bailado Spartak (ou Spartacus)?
Procurem, tentem ouvir...acho que é de facto uma boa escolha para apreciadores. Para inicio de pesquisa podem ir pela Wikipedia...

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

O regresso ao serviço

Após uma semana muito má, com o desaparecimento do avô da Cátia, o Sr. Isidro, vou ver o meu sofrimento continuar pois é já a 29 de Janeiro, 2ª feira, que vou regressar ao trabalho. Já descobri por terceiros que até vou ter direito a uma festa de regresso e tudo. A malta tem sentido muito a minha falta, tanto como a da fome e vamos ter direito a rancho melhorado e fartamente regado com líquidos espirituosos...enfim, delírios de um funcionário público deprimido por voltar ao mesmo posto de sempre onde é ignorado, ostracizado, insultado por ter ideias próprias e, graças a tudo isso, deprimido.

Sim, eu repeti deprimido na frase deliberadamente. O facto de ser diferente no pensar e no agir não dá o direito a quem manda de tentar quebrar o espírito e destruir a mente de outro.
Contudo (sobre)vivo assim. Vou voltar a entrar no meu purgatório, cumprir o meu calvário até um dia sair dali. Sim, eu irei sair dali...ainda não sei bem quando e em que condições mas hei-de sair. Mas até esse dia chegar, haja muita Fluoxetina e muito Bromazepam para me suportar, além da minha esposa que sempre esteve ao meu lado e sempre me apoiou até hoje.
Seja o que Deus quiser...e o que me der na minha real cachola (ou o que sobrar dela...)
Vou passar a postar menos regularmente, portanto não estranhem longos periodos de ausência...





sábado, 20 de janeiro de 2007

Adeus, seu Isidro.

Seu Isidro, avô e padrinho (duas vezes) da Cátia, deixou-nos esta tarde. A malvada não perdoa e leva-nos quem nos é mais querido quando lhe dá na gana. Seu Isidro, com as suas oito décadas e mais uns pozinhos, lia o seu livro, falava com grande sensatez das coisas, do alto do conhecimento que sua longa vida lhe proporcionara e ria, ria sempre…sempre fintou a malvada. Até hoje. No frio Dezembro, Ela anunciou-se com pompa e circunstância. Seu Isidro tentou resistir... Ela levou-lhe o andar primeiro, depois o tino e a seguir o ultimo sopro de vida. Rapidamente, seu Isidro sucumbiu ao avanço fulminante da malvada que a todos nos há de levar e que a ninguém perdoa. Nós, que  assistimos impotentes ao eclipsar rápido e funesto de seu Isidro, assistimos agora lavados em lágrimas á sua ultima viagem.


Que a terra lhe seja leve, seu Isidro.

Maldito Moleskine!

Estava tudo acertado, tudo combinado em faustoso segredo. Às 21h lá estariam os convidados-surpresa que, passado meia hora, iriam surpreender a desprevenida aniversariante. Mas a surpresa maior estava para vir... O rapaz (organizado e despassarado), que ao seu Moleskine*  tudo confiava, descuidadamente o deixara aberto em cima da secretária antes de partirem para um suposto jantar a dois para comemorar o aniversário dela…devem imaginar a aniversariante a dizer quem iria lá estar e o rapaz, (organizado e despassarado) muito aflito, negava tudo. "Fique eu ceguinho destes dois se isso é verdade!", apontando para os aros dos óculos...sim, podia ter sido descoberto mas nunca juraria pelos seus olhos! Tentava negar ao amor de sua vida que mentia, que nem por sombras estaria num jantar surpresa…e ela descrevendo as pistas que lhe tinham sido dadas durante a semana por todos os convivas e que culminava com o jantar, e ele negando sempre, como se conseguisse convencer alguém com aquela carinha de anjinho barroco de “já foste, e agora?”. E ele negando o óbvio, tapando o sol com a peneira, tentando disfarçar o nervosismo cada vez mais evidente, num sorriso terrivelmente comprometedor…
Foi descoberto. A desilusão toma conta dele…Mas a vida continua e o jantar corre bem.
Chegou-se a uma conclusão unânime entre os convivas. O rapaz (organizado e despassarado) apenas falhara numa coisa naquele jantar surpresa…foi na surpresa.




* O que é um moleskine? www.modoemodo.com

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Obrigado, Cátia.

Hoje é um dia especial. A Cátia faz anos. Para quem não sabe, a Cátia é a minha mulher, a tal que, aos olhos de Deus e do Homem, é hoje a pessoa mais importante da minha vida.
Com ela já ri e chorei, já passamos algumas coisas nesta nossa vida em comum, já tivemos as nossas divergências e acordos, já nos pegamos por coisas tão parvas como os lutadores de wrestling que ela não gosta e eu adoro (NDR: gosto mais dos batoteiros...) ou ainda por não admitirmos que o outro tem razão...Somos um casal normal, como todos os outros, mas devo muito a ela. Ela já aturou muita birra, muita frustração e nada que tivesse a haver com ela. Suportou estoicamente todas as vezes que a minha fúria vinha comigo, fosse por algo menos conseguido, ou por causa de uma palavra menos feliz que me tivesse sido dirigida no trabalho, fosse pela frustração de não conseguir executar um promenade run como deveria de ser e afinal a culpa não era minha, mas assumia-a como tal...
Está ao meu lado e isso apenas me basta para me sentir feliz ao lado da mulher que amo.

Obrigado, Cátia, pelos dias que me tens dado e pelos que virão.

PS: Tem dias que Deus nos livre e guarde mas quem não os tem? ;-)


quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Uma despedida...ou talvez não...

A 8 de Outubro de 2005 fiz a minha última aparição nas pistas de dança de Salão deste país.
Com casamento marcado a 29 do mesmo mês tinha prometido a mim mesmo uma despedida em grande...mas as coisas não correram lá muito bem. O periodo antes do casamento leva-nos todo o tempo e assim, poucas possibilidades teria de uma despedida em grande. Mas não desisti. Entrei em pista convicto de que conseguiria, pelo menos, fazer uma figura decente. Caí na primeira ronda em latinas. Não fiz modernas pois tinha sido promovido a intermédios no campeonato anterior e, por decisão do meu par (acreditarei piamente até ao fim dos meus dias que apenas ela e só ela, sem qualquer tipo de influências exteriores á cabeça dela, conseguiu tomar essa decisão), não mais praticaria modernas até subir a intermédio em latinas. Sendo Novice A (o escalão imediatamente abaixo), bastaria “apenas” um 2º ou 3º lugar. Coisinha simples…se apenas houvesse 2 ou 3 pares em pista…
Após uma exibição (mais uma) embaraçosa para a escola que representei, com muito orgulho, em que, apesar de juntos, parecíamos estar a dançar cada um para su sitio, tomei uma decisão que, apesar de ser contra minha vontade, eu tinha de tomar. Não tenho tempo para dançar, nem consigo ter a dedicação exigida para este nível.
Não irei culpar minha parceira na altura (muito embora possa dizer que a sua generosidade na pista não pudesse ser confundida com graciosidade e inteligência...), nem tão pouco culpar meu mestre nestas andanças que, apesar de ter um feitio difícil, conseguiu ter durante anos o atleta mais pesado da APPDSI a competir pela escola dele…e com relativo sucesso. Tomei, provavelmente, uma das decisões mais dolorosas da minha vida e afastei-me das pistas…mas o bichinho continua cá.

Na minha anterior escola havia (como em todas as outras) e decerto que continua a haver lobbies…mas isso fica para outro post…


quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

O referendo á I.V.G. (opino sobre)

Até dia 11 de Fevereiro vamos assistir á hipocrisia do não contra a cegueira liberalizante do sim para uma decisão que deveria ser a mais normal do mundo: a liberdade do ser humano fazer o que pretende do seu corpo. Se pretende abortar (ou em linguagem menos chocante, interromper a gravidez) porque não o pode fazer em condições dignas num hospital?

A vida é alegria, um filho é alegria quando desejado...
para quê transformar num fardo aquilo que deveria ser uma dádiva divina?

Para quê dar á luz alguém indesejado, que vem para sofrer?

A passagem em itálico não é minha,mas posso afirmar que terá sido proferida por um alto magistrado do Vaticano,pelo que consta onde vinha registada.
Pelo que conheço do meu País...tenho quase a certeza que tudo irá ficar na mesma...

A abstenção será a grande vencedora deste referendo. Deste e de muitos outros pois quem vive em Portugal pouco se importa com ele.
Mas isto são contas de outro rosário...



terça-feira, 16 de janeiro de 2007

O meu primeiro Post

Bem...Já cá só faltava eu pôr-me nestas andanças...
Se tudo o que é alminha tem um blog, porque não posso eu ter um também?
Sim, também tenho direito a ter ataques de verborreia, como qualquer um.
Só não tenho é muito jeito para isto...
Para primeiro post acho que estou a ir muito bem.
Ainda não tenho muito certo o tema desta "coisa" mas não deve ser difícil.
Convenhamos, até o Cláudio Ramos tem um blog!
Bem, amanhã logo se vê.

(em tempo: vou tentar portar-me bem…TENTAR!!!)