quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

O meu pequeno Misha

Para os mais novos, Misha foi a mascote dos Jogos Olímpicos de 1980, em Moscovo. O personagem ficou também famoso por seus desenhos para livros infantis. Misha, inclusive, tinha até nome inteiro oficial: Mikhail Potapitch Toptygin.
Era um dos meus bonecos preferidos de infância (senão o mais adorado) e que me acompanhou até há bem pouco tempo...Para os que me acompanharam de perto nas danças de Salão, já sabem do que falo...para outros é uma novidade. No início da minha vida artística (refiro-me claramente ás Danças de Salão, mentes perversas!) vi variados competidores com variadíssimas superstições, desde o usar as mesmíssimas meias em todos os campeonatos até ao usual rezar ao canto do balneário, o beijo num terço benzido pelo Bispo lá do sitio, o equipar-se sempre no mesmo local, um canto especifico, num chuveiro...
Eu tinha a minha…invisível aos olhos do público e de todos, tinha um amuleto que viajava sempre comigo. Era o meu pequeno Misha, uma prenda que minha avó me tinha dado quando era mais puto para pôr num fio ao pescoço. Era religiosamente colocado do lado esquerdo da minha camisa de Modernas, na ponta, preso por um pequeno alfinete de dama. Apesar de eu ser um autêntico torpedo humano, Misha fazia com que os danos colaterais fossem menores…e criou o mito de que eu até me ajeitava em Modernas com os famosíssimos 4 – QUATRO – quartos lugares em finais de Modernas (três deles consecutivos). Infelizmente para mim, Misha desapareceu...mas a lenda continuou e não mais consegui finais consecutivas ou quartos lugares fosse em Modernas ou Latinas...e deu origem á piada:“Com tanto Quarto [lugar] tens um casarão que é obra!”





1 comentário:

Anónimo disse...

O que torpedo... e eu que o diga...
Beijocas para ti e para a Cátia.
Rosário