terça-feira, 4 de novembro de 2008

Um regresso ao lugar do crime...

Este fim de semana fui para a Ericeira mais a Cátia como parte das comemorações do nosso casamento. A Ericeira em si não tem assim nada de especial, mas para mim foi um marco na história do meu passado recente. Foi lá que se deu o meu 25 de Abril...foi lá que o “anterior regime” conheceu o inicio do seu fim. Eu olhei para a Ericeira neste fim de semana com outros olhos. Lá aconteceu algo que mudou a minha maneira de ser e estar, de abordar a vida com outro sentimento. Foi lá que uma outra pessoa me marcou para sempre. Ela não lerá este post, mas daqui lhe agradeço o abanão que esta deu ao meu ser.. Após alguns dias de conversa na Net, eu e ela combinamos encontrarmo-nos no fim de semana anterior ao Carnaval...há 6 anos. Esse alguém ficou em S. João das Lampas em casa de uma prima e eu tinha uma exibição nesse fim de semana. No fim da exibição, abalei a correr como já era hábito (as acções da TMN dispararam em flecha nessa noite, caro Pedro...) portanto ninguém estranhou...A Paula, que dançava comigo, desconfiou mas...
Abalei para lá, fui buscá-la como combinado e fomos para a Ericeira. Essa noite de sábado estava muito enevoada e por lá ficamos num pequeno bar, até este fechar. Mulher do Norte não se rende ao frio e lá fomos, pela calçada á beira mar, junto ao Hotel da Ericeira (o Vila Galé) e falamos sobre tudo: a vida, o amor e a falta deste, Billie Holiday (favoritissima dela), Ryupin e as Danças de Salão. Horas de imensa e intensa conversa que fluiam como nunca tinham fluido. E nessa noite, nessa calçada á beira mar, encobertos pelo nevoeiro sebastiânico que cobria a vila, aconteceu, com o mar e o nevoeiro como testemunhas. Nessa semana ainda estivemos mais algumas vezes, com longos serões de conversa. Eu sentia-me bem com ela e não sentia ponta de remorso pelo que fazia. Ela sabia que eu namorava mas isso não era impedimento para nenhum dos dois... Quando nos despedimos, ela confessou-me que nunca tinha vindo tão longe para um engate mas que tinha valido a pena. Ela veio de Braga...um misto de satisfação e tristeza invadiu-me pois embora tenha apreciado o elogio não a tinha como um engate. Hoje, posso agradecer a ela o facto da minha vida ter levado a volta que levou e de ter a mulher que tenho actualmente. Dela perdi completamente o rasto... Tenho pena. Queria continuar a ser amigo dela, falarmos de tudo o que falamos há anos...e agradecer-lhe pessoalmente tudo o que ela fez por mim. Obrigado Ninha. :)

2 comentários:

Unknown disse...

Meu caro Acácio, foi o fim de uma época em que apostavas muito na TMN. Acções essas que tão depressa subiam como desciam, uma constante instabilidade bolseira. Ainda bem (para ti claro) que decidiste por outro caminho e que neste momento te encontras BEM feliz com as acções da Amareleja (penso que são essas que tens). Essa felicidade é bem transparente na tua cara.... e no resto também.
Pedro

Anónimo disse...

subscrevo inteiramente o post da minha cara metade.
Até eu dei graças a deus de teres mudado de "operadora". os dias seguintes foram de um "paraíso" inacreditável... nada de estaladões, nada de pisadelas... enfim, um sossego.
falando a sério... adoro-te amigo... e mais à tua linda "operadora" da Granja (amomi, não é Amareleja...)