quarta-feira, 4 de junho de 2008

Não há cartelização dizem eles!!!

Ele há coisas que me deixam maluco...ora vejam lá se isto é alguma coisa...transcrevi esta pérola deste sitio...

«Não há cartelização de preços», diz Autoridade da Concorrência
Não há um acordo entre os operadores que actuam no mercado português, nem abuso de posição dominante pela Galp Energia. O preço só é mais caro em Portugal do que em Espanha devido ao peso dos impostos.

«Não encontrámos indícios de que tenha havido qualquer entendimento ilícito entre dois ou mais operadores do sector e não encontrámos porque a informação está disponível e todos sabem os preços de cada um e os preços internacionais», sublinhou Manuel Sebastião, presidente da Autoridade da Concorrência (AdC), que falava numa audição na Comissão de Assuntos Económicos, Inovação e Desenvolvimento Regional onde apresentou uma síntese dos resultados da investigação aos preços dos combustíveis pedida pelo ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho.

Segundo Manuel Sebastião, a AdC procurou identificar comportamentos ilícitos, «mas não conseguiu».
«Num mercado em que os preços nacionais antes de impostos são fortemente determinados pelos preços internacionais e uma vez que todos conhecem o que os outros fazem, os operadores tendem a adoptar um paralelismo de comportamento», justificou.«Não encontrámos indícios e o paralelismo [de preços] resulta de uma adaptação ao mercado», reforçou Manuel Sebastião, concluindo que não houve infracção ao Artigo 4º da lei da Concorrência consagrado às Práticas Proibidas. Quanto à Galp ter uma posição dominante, Manuel Sebastião afirmou que a AdC questionou se haveria violação do Artigo 6º da lei da Concorrência, que proíbe o abuso de posição dominante.
«Não identificámos indícios que apontem para a não verificação da correspondência razoável entre os preços por grosso e a retalho face ao aumento dos custos da matéria-prima. Não havia indícios de prática de preços excessivos por parte da Galp», frisou.

A culpa é dos impostos


A AdC concluiu assim que o preço médio da venda ao público dos combustíveis só é mais elevado em Portugal devido ao peso dos impostos.«Constata-se um diferencial estatisticamente nulo do preço médio de venda ao público antes de impostos daqueles combustíveis entre Portugal e Espanha», diz o estudo. De acordo com o relatório, a principal componente da formação dos preços de venda ao público em Portugal é a carga fiscal (Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e IVA) que corresponde a 59,2% do preço da gasolina 95 e a 47% do preço do gasóleo. O preço à saída da refinaria representa, no caso da gasolina, cerca de 31,4% do preço e no caso do gasóleo cerca de 42,2%, enquanto a componente retalhista corresponde a cerca de 8%do preço do primeiro combustível e 9,2% do segundo. Para o preço de venda ao público, contribui ainda a armazenagem e o transporte que equivalem a 1,4% na gasolina e a 1,6% no gasóleo.
Retirada a componente fiscal, diz a AdC que cerca de 80% dos preços de venda ao público da gasolina e do gasóleo deve-se ao preço à saída da refinaria, não excedendo a componente logística - armazenagem e transporte - 3,5% deste preço.


...e ainda querem que eu acredite nestes sacanas....Não há cartelização mas se um sobe o preços os outros também os sobem! E isso é que é a concorrência e a autoregulação do mercado??? Parafraseando um grande pensador da nossa praça, "e o burro sou eu???"

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