quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Um longo desabafo

Tenho de falar. Não ando muito bem. A minha cabeça anda num corropio, tenho tido alguns azares ultimamente. Alguns acidentes menores em trabalho, fisioterapia ao ombro que nunca mais acaba e esta coisa anda na mesma. Tenho o cérebro(?) a trabalhar a 1000 a hora...Parece que trabalha em vazio. Acho que isto será falta de trabalho mental. Hoje descubro algo que me deixa chocado: andei 4 anos (não foram 4 dias...) a "bater" e a enxovalhar a pessoa errada! Tudo bem, prejudicou-me a nivel profissional e conseguiu acabar com o pouco que tinha de saúde mental...tudo bem? Tudo bem o tanas! Só Deus (e a minha Cátinha) sabem o que penei. Mas em conversa com um camarada amigo do purgatório (nome simpático para a minha anterior secção) descubro algo...então não querem ver que marrei contra o gajo errado durante mais de 1700 dias? Tudo bem, era o chefe...e como se viu, atirei-me a ele como gato ao bofe. Erro táctico, tendo em conta que se ele é o chefe...mas adiante. Soube coisas dele a nivel profissional que, tendo em conta o nosso passado "suicida" (em colisão constante), me deixaram deveras surpreendido. Pela positiva.
Algo provocou a aversão á minha pessoa que ele visivelmente ostentava. E que eu replicava com orgulho. Como dizia a música da Monica Sintra afinal havia...outro! Que, na sombra, manobrou a seu bel-prazer esta quezilia, tendo provavelmente ganho algo com isso. A minha anterior secção perdeu claramente com a guerra...mas eu ganhei. Ganhei e neste momento sinto-me bem a nivel profissional. Mas há apenas uma questão que me incomoda: Qual terá sido o ganho de quem me referenciou como origem de todos os males ao Chefe de Serviço? Que seria um mau profissional? Que era marginal, pinante e não queria fazer nenhum? Ganhou ele mais crédito perante os outros? Espaço para aparecer já que se reduzia a quase nada a sua presença? Não sei. Naquela Casa, a inveja por alguém que procura subir pelo seu mérito é caso comum...subir ou trabalhar em locais melhores.
Compreendo agora, passados quase 2 anos da minha saída, a posição do Quadrado: não ter gente para trabalhar na Secção e lidar com alguém que achas que é tão "moinante" como os outros, ou pior; alguém que te tem um ódio inexplicável, pelo menos no teu ponto de vista, alguém que se recusa a colaborar porque tem uma mazela antiga e que, segundo o prisma de visão do Quadrado, é pura e simplesmente fita, pois foi-lhe dito que esse alguém é marginal; esse alguém que todos os anos era "queimado" nas apreciações e fazia gala do facto de reclamar perante os superiores dos chefes, "gozando o prato" quando o Quadrado e o Babyface eram chamados ao Rotweiller para se justificarem perante as afirmações que constavam na reclamação; alguém que te denegria perante toda a gente sem pejo algum.
Eu sei que ele não lerá isto.Mas a minha honestidade e consciência não me dão sossego. Gostaria de um dia poder falar com ele, enterrar de vez o machado de guerra, já que não consegui arrancar-lhe o escalpe e poder saber quem me tramou. Falar com ele...mas não dispensarei de levar uma marreta de quilo. Just in case...

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